RAPOSEIRA

Nenhuma.
Nhauuma.
NITIOMBAE QUE.
UPITA ( ) COBAIAN RECE AUARA...


Eu barro...
Eu esbarro no amor. Quando o amado se transforma em amante. O rabo da raposa do amor é um trecho. A natureza menos o rabo.
Um trecho de barro, escorre o amante. O ex-pouso despoja a raposa do seu rabo. Menos ao fim, mais ao seu ato.
A raposa cai em seu trecho, caem as contas de seu expulso. As miçangas de seu rabo correm pelo trecho.
O estardalhaço acorda sua raposeira. A roseira de sua astúcia roça no endereço. Nesse endereço, todos os esbarros de seu focinho.
Provoca o espirro de seu giro em torno do rabo-a-menos. Menos ao fim, mais ao seu ato. Sua rata antecede o trecho onde barra a miçanga de sua ata.
O focinho zangado de sua escuta. Atura? Não atura, mordisca a casca do ovo, ao fel. Mordisca junto a língua e cospe. Está no cio da terra. Até desquita no rabo do fel do outro.
Atirada que só ela, mergulha no rio de través, vai de retro! Sobe o focinho a superfície, todas as pragas do pelo emergem. Carrapatos sem cara, carrapatos apáticos, cara-phatos que cruzam e se reproduzem. Menos ao fim, mais ao seu ato, menos ao rabo.
Ex-colado, seu focinho. Seu focinho descolado e deslocado, tem atrito com a pele. A pelve da pele vai até o osso do focinho e desentope o espirro do cheiro.
O faro percebe, percebe a torto e a direito. O gosto de seu focinho tem estilo. O estilo sobre as uvas, o estilo que amadurece mas não apodrece. Logo o gosto do focinho dela vai de época em época, depura como vinho. As vezes anoitece, mas o vinagre do focinho da raposa é a sua raridade.
Nem tanto ao rabo, mais alfarrábio. Nem tanto ao fim, mais ao seu ato. Este é um trecho da natureza real da raposa, fica aqui. Podem disputar o rabo-a-menos que deixou dela.


a Helvídio de Castro Velloso Neto, Psicanalista.


Denise França.

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