QUANDO FALAR É AGREDIR - DENISE FRANÇA

Curitiba, 07 de agosto de 2012.

QUANDO FALAR É AGREDIR:  OBSERVAÇÃO A RESPEITO DA LEITURA DO TEXTO ESCRITO PELO DOUTOR FLÁVIO GIKOVATE.

Acabei de fazer a leitura deste texto.

Existem coisas que precisam de disciplina, exercício, sensibilidade, e outras coisas.
Naquilo que dizemos, precisamos escutar as nossas próprias palavras, o tom delas, a intenção que nos leva a dizer isso e aquilo.
Depois, escutar o outro, e perceber ou se aproximar em perceber estas mesmas coisas. A intenção, o tom de voz, o olhar do outro, sua expressão fisionômica e corporal.
Falar não é somente com a boca, e a articulação de uma palavra. Existem coisas que são ditas de outras formas, e são muito mais sutis.
O tom da ironia, o tom do deboche..., isso é perfeitamente percebível numa fala. A alegria, a euforia, a humildade de quem fala, isso também é perfeitamente percebível, a intenção.
A INTENÇÃO.

Nos determos em escutar o outro, é uma ARTE mesmo. Muitas coisas são significativas naquele que fala, e esboçam os pensamentos, manifestos e os que não se manifestam...
Se quando escutamos nos colocamos numa postura defensiva, não conseguimos escutar realmente o outro. Se nos mantemos tranquilos e abertos, receptivos, escutamos e transmitimos também esta tranquilidade ao interlocutor.

Concordo com o Doutor GIKOVATE, existem coisas que não devem ser ditas. E nós percebemos quando uma pessoa tem a intenção de nos magoar, ou nos deter, ou fazer uma chantagem emocional sem palavras, mas muito bem elaborada...
A verdade não consiste em dizer tudo, mas a VERDADE consiste em dizer aquilo que é importante e necessário para o bem-estar no relacionamento, na qualidade de vida, na convivência.
Eu não costumo mentir, quando me comunico com as pessoas. Mesmo porque desconheço a mentira. Mas, existem coisas que naquele momento não podem ser ditas, e isso cabe a nossa sensibilidade de escutar, e de nos manifestar em relação ao outro.
Por outro lado, existem pessoas que precisam ouvir e escutar uma RESPOSTA incisiva.

Eu já experimentei uma centena de vezes, escutar de alguns homens na rua, que eu não conheço, dizerem agressivamente: GOSTOSA!!!!    Esse "gostosa" me vem de  uma forma tão agressiva e manifestamente agressiva, que simplesmente eu desconsidero de onde veio... E, já respondi a isso, algumas vezes. Ao que então o sujeito fica ainda mais agressivo quando a resposta é contrária, ou seja, quando eu me manifesto negativamente, respondendo, NÃO!!!. A resposta do cara vem em seguida: "VADIA", "VAGABUNDA", coisas do tipo.

Isso não é habitual em minha vida. Mas é um funcionamento que percebi na manifestação de alguns homens, cafagestes e safados....  Jamais faria isso com um  homem que sabe como conquistar uma mulher.... E o homem que sabe o que fazer, jamais chegaria para a mulher e diria:  GOSTOSA!!!... O homem que sabe o que fazer, diz "gostosa" na ocasião certa, e adequadamente, conforme a postura da companheira...

Este é apenas um pequeno exemplo. Mas diariamente, nos deparamos com situações assim, porque o ser-humano desaprendeu qual é a função da palavra, e desaprendeu a conversar ao invés de retrucar, e ameaçar o outro.
Em questão de segundos, no trânsito, a pessoa pode abrir o vidro e tirar um revolver e desferir tiros contra o outro... porque sentiu raiva.
Precisamos aprender novamente a usar as palavras para amenizar situações problemáticas de intranquilidade e irritação. Usar a palavra para estabelecer laços com as pessoas que não conhecemos, e com aquelas com as quais convivemos.

OLHAR NOS OLHOS DE QUEM FALA, É IMPORTANTÍSSIMO.... O simples olhar, as vezes, ameniza muitas coisas. Um olhar de carinho, de sorriso, pode quebrar o gêlo entre duas pessoas, pode suavizar uma tempestade inicial, e muito mais.

Porque não tentarmos nos exercitar e sensibilizar um pouquinho mais, no uso das palavras, e no significado delas... ?!


OUTRA DICA:   que tal começar e se exercitar ouvindo os sons da natureza, logo cedo....

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