A PREGUIÇA E OUTRAS CONDUTAS AUTODESTRUTIVAS - DENISE FRANÇA

Curitiba, 21 de agosto de 2012.

OBSERVAÇÃO AO VÍDEO DO DOUTOR FLÁVIO GIKOVATE: A PREGUIÇA E OUTRAS CONDUTAS AUTODESTRUTIVAS.

Acabei de assistir ao vídeo do Gikovate, e ele coloca as coisas ali justamente como são na realidade, de uma forma compreensível, clara.

É salutar que não há como atingir um nível de resistência ou capacidade em uma determinada atividade, física ou intelectual, sem a disciplina.

O exercício sempre fez parte da minha vida, desde os 15 anos, além da infância amplamente repleta de atividades, e a natureza ajudava neste sentido, grama, árvores, rua de barro sem movimento de carros, onde jogávamos bola, bete, e outros brinquedos, bicicleta, skate, enfim...



Aos 15 anos, no CEFET/PR, entrei para a escolinha de vôlei, naquela época os adolescentes não eram altos  como hoje, eu tenho 1.65m de altura, e era levantadora na seleção de vôlei. Era uma atividade que eu gostava muitíssimo, e aprendi ali o esforço físico com mais intensidade... Infelizmente, porque os treinos eram aos sábados, meu pai não queria que eu voltasse para casa sozinha.... Mas, apesar disso, continuei praticando o vôlei com amigas, e em outros lugares...

ITO PEDRO DE SOUZA, PROFESSOR DE GEOMETRIVA DESCRITIVA, E EU... CEFET/PR.


Depois, entrei no Karatê, outra atividade que requer muita disciplina e resistência....  Adoro as artes marciais, os orientais de um modo geral.



Gostava de correr também, longas distâncias, porque eu pesava apenas 49 kgs naquela época com 17 anos de idade.

Uma atividade física, como o exercício, precisa de disciplina: concentração, repetição, resistência que advêm do esforço físico. Não há como adquirir resistência física se a pessoa não sobrevir ao esforço físico. No início do início, é aquela sensação de desconforto relativo ao esforço físico, e depois, quando se adquiri resistência, vêm a sensação de bem-estar e superação.

Para minhas atividades físicas, só tive a necessidade do mestre no início, nos anos iniciais, para aprender a TÉCNICA. Depois, sempre pratiquei essas atividades sozinha, sem problema algum. Não me lembro de ter tido lesões graves ou coisas do tipo, foram poucas as vezes que me machuquei...



O futebol aconteceu na minha vida quando as crianças vieram aqui pra casa e ficaram sob o meu cuidado... Bem no início eu confesso, me lembro deste  fato nitidamente: estava  lendo LACAN, estudava Psicanálise, e, o GUSTAVO e a PATRÍCIA, os dois pequeninos atrás de mim....: "TIA DENI, vamos brincar?!".  Eu relutava, porque estava estudando, mas, um dia, não mais que um dia, sabe o que fiz??? Peguei e abandonei o LACAN em cima de algum lugar e fui brincar com as crianças....

GUSTAVO E PATRÍCIA

E aí, minha gente, começou uma série de atividades de toda a natureza... Entre elas, o futebol, comprei uma bola, e o Gustavo chamou os  amigos, e a Patrícia também... Fazíamos uma equipe de quatro crianças ou mais,  e começávamos a brincar. Com as crianças  sempre brinquei junto, ADORO BRINCAR, hahahaha, não gosto apenas de ficar olhando.... Logo me vêm um impulso de brincar junto, eu sou assim...








E durante toda a infância destas crianças eu acompanhei e participei, e fui gostando do futebol. Depois que as crianças chegaram a pré-adolescência, infelizmente a mãe disse a eles que não precisavam mais frequentar a nossa casa com tanta assiduidade... Isso foi me dito por Patrícia, há pouco tempo atrás...

O ciúme e a inveja causam esses problemas...

Como não tinha mais companheiros de futebol, resolvi pegar a bola e andar por aí, nas praças de Curitiba, canchas, e foi assim que fiz novos amigos, e muitos amigos, praticando esporte nesses lugares, crianças de rua, moleques, jovens, carrinheiros, outros....E isso também me propiciou conhecer outras realidades, bem diferentes.... e até inusitadas...

DELEGADO RUBENS RECALCATTI, MEU AMIGO... FUTEBOL NA ESCOLA SUPERIOR DA POLÍCIA CIVIL DO PARANÁ....

Sempre a atividade física esteve presente em minha vida, mas eu gostava da prática e não da competição.... A competição acaba pulverizando muitas pessoas novas, com talento e vocação para determinado esporte...
Faço tudo na minha vida porque realmente gosto, e não para me mostrar.... A competição precisa ser entendida devidamente, e o sujeito não deve usar a atividade física para exaltação, ou submissão do adversário....

O MESTRE, se ele existe, deve ser procurado em nosso próprio interior. Devemos saber o que fazemos, e precisamos ousar para ir adiante.
Assim como o mestre existe, assim também o SABOTADOR INTERNO....

Em nossa vida sempre nos deparamos com pessoas ou situações que tornam as coisas mais difíceis, quando não precisaria ser assim.  Eu percebo o trabalho e O ESFORÇO enorme de tantas pessoas em colocar o outro para baixo, e criar problemas onde não existem. Essa questão ainda está aberta em mim, porque não encontro resposta para esse esforço desnecessário em relação as coisas destrutivas. Freud falou no instinto de morte....

Assim como Flávio Gikovate, as condutas autodestrutivas... particulares ou exteriores, provenientes de fora. Este sabotador, é criterioso em seu trabalho.... Mas eu acredito que a razão de sua existência sempre está associada à essa necessidade que temos de NOS PARECER com algo, ou alguém, e quando isso não acontece, nos deprimimos ou frustramos.... Aquela vozinha que diz que vc não é o suficiente, nunca será, está longe de ser....  Palavras e significados que retinem em nossa vida desde pequenos...

Por isso, nas nossas atividades diárias, o importante é eliminar esse ingrediente: A COMPARAÇÃO. Na atividade física, mesmo praticada em grupo, não devemos nos comparar ao outro, e nem levar as últimas consequências aquilo que o professor nos fala... Muitos professores, educadores, costumam colocar medo ou intranquilidade nos alunos logo no início, quando estão começando... E infelizmente, em razão disso, muitos deixam de fazer o que gostam....



O professor é alguém que aprendeu, como nós podemos aprender qualquer atividade, isso não o faz um SABEDOR supremo e infalível.... É dessa condição que devemos retirar aqueles que nos ensinam... Aprender é necessário, mas depois, devemos ser nossos próprios professores, mestres... ou então, sempre estaremos vivendo em razão de alguém num patamar mais elevado que nós....

A superação em todas as atividades, vem em consequência de conhecermos nossos limites, dificuldades, nosso corpo em especial, é MUITO IMPORTANTE conhecermos o corpo que temos... E, superar os obstáculos de uma atividade. Hoje pode doer, mas amanhã, nem tanto....

Outro aspecto: o nosso corpo não é apenas material, é o resultado de tudo aquilo que pensamos, e das coisas que absorvemos do mundo exterior, pessoas e fatos.... E carregamos esse corpo ao longo da vida, e a presença dele nem sempre é perceptível pela pessoa. Sabemos que temos um corpo mas não temos consciência dele, e de seus sinais.... As sensações, os sentimentos, precisam também de prática diária e elaboração.... Tudo isso faz com que a nossa convivência com os demais se torne melhor.... mais agradável...

OUTRO ASPECTO AUTODESTRUTIVO, a SUGESTIONABILIDADE... Estamos ali praticando atividade física, e alguém chega e olha e diz: "Nossa, não sei como vc consegue....", ou, "alguém me disse que devemos fazer assim....".  E o sujeito muda repentinamente, perde sua concentração, e causa uma ruptura na  execução daquela prática...  Nós precisamos adquirir sensores para perceber quando uma pessoa realmente está nos ajudando, incentivando, ou quando simplesmente ela intervém em razão da inveja, que nem sempre é explícita.... Esse fenômeno é diário, em tudo o que fazemos... E, quando bem fazemos, e fazemos melhor do que os outros, maior é o esforço na tentativa de sabotar nossa prática.... E, muitos professores ou educadores, não gostam de verificar que existe alguém possivelmente "superior" a eles...

POR ISSO, e em razão disso, a meditação, e a concentração, nos ajudam a não deixar que situações externas prejudiquem o nosso desempenho.... Umas duas horas de meditação, com música ou sem música, nos auxiliam a desenvolver aparatos na nossa sensibilidade, para ficarmos mais precavidos quanto aos estímulos exteriores...

O relaxamento, também é necessário. Quando praticamos muita atividade física, ou trabalhamos demais, física ou intelectualmente, precisamos relaxar, soltar o corpo, soltar o espírito. Relaxar....

Existem muitas outras coisas, mas o básico do básico é isso aí... Comecem e continuem, não se deixem abater....
LEONARDO, EU E CECI...







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