SETE DE SETEMBRO BRASIL - DENISE FRANÇA
Curitiba, 07 de setembro de 2012.
Curitiba, 17 de julho de 2005.
Agora e Sempre.
DO LIVRO: “O CÁLICE DAS ARAUCÁRIAS” -
dedicado ao GOVERNADOR ROBERTO REQUIÃO, MEU AMIGO.
Ética:
A Soberania, cultura do desejo.
CARTA DE NAVEGAÇÃO
O nosso barquinho cuida bem das estrelas do céu, o nosso
barquinho cuida bem das estrelas do céu,
o sol do nosso barquinho nasce na primeira estrela da manhã. A primeira estrela aporta no céu e
desce o navegador por sobre as nuvens ancoradas.
A seus passos se formam os véus que cobrem, tocados de
sensibilidade todas as faces deste ruído de surpresa, atraquei neste porto de
águas.
Todas as águas que sobem aos céus, firmaram nesta linha
ultima do tempo, o firmamento e sua origem. Os rios se imbricaram uns aos
outros nesta folha aberta amazonicamente esverdeada.
Tão esverdeada que chega ao azul desta aquarela. Tal a
luz do azul cai sobre o horizonte brazil, que explode o brilho amarelo em todas
as pedras cristalinas. Paradas, viçosas, pequeninas rosadas nestas fontes
quedadas em tantos vivos milagres. Vivos milagres sob suas águas, submersas
escondem o fundo de segredos transparentes.
A âncora do tempo nesta carta de paus, a carta da
navegação me trouxe aqui neste porto onde me reporto a você.
A âncora do tempo neste porto vai ao fundo onde as
correntes se enroscam ao redor deste chão.
Este chão, neste abraço do mar, aos seus abraços. Dou notícias de todos
os outros, mas igual notícia não tenho ao que chega. Ao que chega, só a tua
notícia consigo salvar. Saúdo estes país.
A âncora deste porto espero que baste o tempo de tua
ausência. Que a âncora do tempo não se erga e se solte apressada e fuja neste mar
para todos os mares precipitados num abismo último.
A âncora deste porto, em tempo fique aqui bem plantada
numa semente. Nesta semente rica e verdadeira como todas as sementes já
nascidas, antes da mão do homem ter aqui o seu tocado. O bocado do primeiro
asfalto de chão.
Deste porto que saúdo, não partam fingidas e dissimuladas
rosetas. Machucadas entre si e esmaltadas de falso vigor, cheguem lindas e
partam ridículas, diminuídas por tão portentoso escândalo de ambição alheia.
Deste porto não partam essas, mas todas as outras, pérolas
concisas deste solo feijão, germinado através da umidade do entrelaçamento do
gozo das florestas, alegres, distintas, solidárias, espalhadas na sensualidade
deste contorno.
Não é outro o porto que, aportado, realmente partilha
esperança a outros povos. Não é outro o porto que, aportado, realmente
compartilha a outros a possibilidade deste mesmo chão em outras terras.
A carta da tua navegação está bem escrita, clara e
translúcida no desenho de tua bandeira, tua freqüência. A tua bandeira não é
escrava de outra senhora. O cruzeiro onde está atracado este barco, aporta o
meu coração como se aqui sempre estivesse estado. De onde pulsar e bombear as
veias que irrigam o sentimento deste coração, atravessa as fronteiras como as
suas próprias. Porque conhecidas, não é outro este mar para quem o sabe amar.
A soberania está marcada desde sempre em cada rachadura
do tempo nesta nave mãe. Circular e esférica como tudo aquilo que pertence ao
universo, só a mão do homem em semelhança ao desejo de eternidade. Moldar sobre
a terra seu próprio desejo: o resgate deste mesmo Deus ao longo das eras, em
outro chão. O espelho das tuas águas...
Que este bem se estenda
por sobre as águas, a todo tempo o tempo de seu bem, querer ao outro a mesma soberania.
Em outra parte do mundo o mesmo desejo, embora ido, outro seja diverso chegado
esteja.
Preciso, ao mesmo tempo,
coincidam as suas vicissitudes, e deixem que a cor da terra seja a cor do seu
povo. A soberania, a cultura do desejo.
Denise França.
CURITIBA – PARANÁ –
BRASIL.
O
PORTO DE PARANAGUA É NOSSO!
EU TE AMO BRASIL!!!!!
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