HUMILDADE - DENISE FRANÇA

Curitiba, 02 de setembro de 2012.

COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO QUE FALA DA "HUMILDADE" DO DOUTOR FLÁVIO GIKOVATE.

Doutor Gikovate, a HUMILDADE não é submissão, e nem subserviência...  A HUMILDADE E A SABEDORIA ANDAM JUNTAS....

Assisti esses dias uma palestra de um DIRETOR DE TEATRO, LAÉRCIO, da Universidade Católica do Paraná.... Ele se apresentou, sentou-se na cadeira a nossa frente e nós, alunos do Colégio Estadual do Paraná, curso de teatro, ao redor dele.

E ele começou a nos contar sua vida....  Ao final de sua exposição pediu que a gente se manifestasse.... Eu, em primeiro lugar, disse:  EU QUERO AGRADECER TODAS AS SUAS PALAVRAS, PORQUE PARA MIM FOI UM CONFORTO OUVI-LAS, E A SUA HUMILDADE....

Humildade porque em nenhum momento, em seu tom de voz estava caracterizado a empáfia de tantos oradores que são chamados a falar sobre algum assunto....  Humildade porque ele contou fatos relevantes de sua vida particular, que realmente expressam uma figura humana de muita sensibilidade, que caminhou, e foi em direção aos outros. E porque esteve ali se apresentando ao nosso lado, conversando de igual para igual....

A HUMILDADE é um despojamento do ser, de tudo que é parafernália no que diz respeito a posições, lugares, saberes...  Uma pessoa pode realmente ter estudado sua vida inteira, dedicado o seu tempo à pesquisa, centrando seu conhecimento em cima de alguma coisa, descoberto algo que ninguém jamais descobriu, isso é magnífico! Mas, mesmo assim, se ela não tiver HUMILDADE, o seu conhecimento não pode ser entendido como tal.

Caracterizar o conhecimento como poder, status, perde sua natureza real, de conhecimento.

Quanto mais nos dedicamos a aprender um determinado conhecimento, mais precisamos nos despojar da nossa postura, para entender, para sentir como aquela pessoa galgou aqueles pilares até chegar a determinadas conclusões....
E esse despojamento não é só relativo ao conhecimento, mas a todo momento no relacionamento humano. Precisamos nos descaracterizar da função que ocupamos diante dos demais, para nos aproximar do elemento  humano. Olhar a pessoa, sentir, escutar, realmente estar disposto a escutar, e compreender o sentido de sua existência ali.

Retirar as sandálias, retirar a vestimenta, e entrar em contato com o outro. Se apresentar tal qual, de mãos vazias...




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