MACHADO DE ASSIS E CHICO BUARQUE DE HOLANDA

COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ.
CURSO DE PRODUÇÃO EM ÁUDIO E VÍDEO.
MATÉRIA: LITERATURA E CINEMA.
PROFESSORA: Andréa Garcia Zelaquett
ALUNA: Denise França Nº 13 1ª série / Noite

ARTIGO DE ANÁLISE
OBRAS: “BENJAMIM” – Autor: Chico Buarque de Holanda, 1944.
“MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS” – Autor: Machado de Assis, 1839.

ADAPTAÇÕES:
TÍTULO: MEMÓRIAS PÓSTUMAS, 2001.
DIREÇÃO: ANDRÉ KLOTZEL
TÍTULO: BENJAMIM, 2004.
DIREÇÃO: MONIQUE GARDENBERG


Dois autores masculinos, Machado de Assis e Chico Buarque de Holanda, ambos focalizaram em suas obras o tempo e a história, transcenderam ambos o tempo, a história e se tornaram universais em razão da maturidade com que tratam a condição humana, a realidade em que vivem e viveram, seu discernimento crítico e analítico do ser-humano, não apenas como um intérprete de sua realidade existencial, mas como fonte de transformação.
Tendo em vista, esses fatores, eu caracterizo um aspecto de relevância que tange a minha pessoa, enquanto leitora de ambas as obras, a figura da mulher, de que forma os escritores retratam a figura feminina, o que existe aí de assaz contundente neste universo masculino. Na obra de Machado de Assis transitam muitas personagens femininas na vida de Brás Cubas, em especial, Virgília. E, na obra de Chico Buarque de Holanda, as personagens femininas, Ariela e Castana Beatriz.
O horizonte feminino será apenas um resíduo imaginário do homem, ou a mulher existe de fato?! Nas adaptações de ambos os filmes, colhemos a imagem feminina e visualizamos ainda melhor essa tênue película que paira sobre A MULHER.
“- Chama-me Natureza ou Pandora; sou tua mãe e tua inimiga.
(...)
- Não, respondi; nem quero entender-te; tu és absurda, tu és fábula. Estou sonhando, decerto, ou, se é verdade, que enlouqueci, tu não passas de uma concepção de alienado, isto é, uma cousa vã, que a razão ausente não pode reger nem palpar. Natureza, tu? a Natureza que eu conheço é só mãe e não inimiga; não faz da vida um flagelo, nem, como tu, traz esse rosto indiferente, como o sepulcro. E por que Pandora?” (Machado de Assis, Capítulo VII: O DELÍRIO.)
No filme, o diretor retrata “A Natureza” na figura feminina de Virgília.
Da mesma forma, no início do livro, “Benjamim”, a figura da mulher está caracterizada com a presença da morte:
“(...), e naquele instante Benjamim assistiu ao que já esperava: sua existência projetou-se do início ao fim, tal qual um filme, na venda dos olhos. Mais rápido que uma bala, o filme poderia projetar-se uma outra vez por dentro de suas pálpebras, em marcha a ré, quando a sucessão dos fatos talvez resultasse mais aceitável.” (Capítulo 1.)
E, ao final da obra:
“Como que através de um olho que girasse no teto, vê doze homens à sua roda, e vê a si próprio em corrupio. “Fogo!”, grita um, e a fuzilaria produz um único estrondo. Mas para Benjamim Zambraia soa como um rufo, e ele seria capaz de dizer em que ordem haviam disparado as doze armas ali defronte. Cego, identificaria cada fuzil e diria de que cano partiria cada um dos projéteis que agora o atingiram no peito, e na cara. Tudo se extinguiria com a velocidade de uma bala ente a epiderme e o primeiro alvo letal (aorta, coração, traqueia, bulbo), e naquele instante Benjamim assistiu ao que já esperava.” (último Capítulo, final).
Nas obras de Chico Buarque e Machado de Assis, percebemos essa semelhança, a morte presente no início e ao final do livro, relacionada à figura da MULHER.
A obra de Machado de Assis, de 1889, e a obra de Chico Buarque, 1944. A obra de Machado compreende o realismo, e a obra de Chico Buarque, o Modernismo. Para encaixá-las assim, historicamente.
Na história de Benjamim, podemos perceber o lirismo e sensibilidade que este personagem nos comunica do princípio ao fim, Benjamim, sua história de amor ao lado de Castana Beatriz e ao final, com Ariela. Já em Machado de Assis, a história de amor de Brás Cubas e Virgília não tem esse mesmo lirismo e doçura. Mas em ambas as obras, o estilo do autor se pauta na realidade, e a ironia é sim uma característica comum, mais em Machado de Assis do que em Chico Buarque.
Na obra de Machado de Assis, não percebemos o lirismo, mas as nuanças de amor que envolvem o casal, Brás Cubas e Virgília, tem uma aura de sedução, permissividade, e acima de tudo, ou seja, o que permeia o envolvimento de ambos, são relações de poder, aparência. Se houve amor, este amor sucumbe à hipocrisia social, ao regulamento de uma sociedade aristocrata.
Considerando a época em que essa obra foi escrita, a mulher vivia numa sociedade onde o seu papel se restringia ao marido, à família, à criação dos filhos. E ao homem cabia por sua vez, a função de provedor, ocupando um cargo dentro da sociedade que indicasse seu status e poder econômico, suas influências políticas... Mas os homens se permitiam, sem problemas ou questionamentos, casos e romances fora do casamento. A mulher nada mais significava do que uma extensão do marido, ou extensão pela e através da escolha paterna, não lhe era dado o poder de decisão sobre seu destino.
Mas, em todas as sociedades terrenas, desde o nascimento da civilização até os nossos dias, há lugar para a lascívia, o sexo e o deleite. A obra e o filme de Machado de Assis assim nos contam.
A narrativa é alinear, começa pelo final, com a morte de Brás Cubas, e posteriormente, através de flashbacks, lembranças, a história passa a ser contada. Assim também em Benjamim, começa pela morte do personagem Benjamim, e depois a história de sua vida é relembrada através do personagem Benjamim e através de Ariela Masé.
“(...) suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço: a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” (Capítulo I – Memórias Póstumas de Brás Cubas.).
Observamos não só a alinearidade, mas também a interlocução, característica da obra de Machado de Assis. Ele conversa com o leitor, dialoga, se conecta ao pensamento daquele que está lendo... Coisa rara, pois imaginemos o quão universal é a obra de Machado, haja vista esta sua técnica, sempre atual e presente.
“(...) Tudo se extinguira com a velocidade de uma bala entre a epiderme e o primeiro alvo letal (aorta, coração, traquéia, bulbo), e naquele instante Benjamim assistiu do início ao fim, tal qual um filme, na venda dos olhos. Mais rápido que uma bala, o filme poderia projetar-se uma outra vez por dentro de suas pálpebras, em marcha a ré, quando a sucessão dos fatos talvez resultasse mais aceitável.” (Capítulo 1 – Benjamim.).
Chico Buarque evoca essa mesma alinearidade, mas além disso, observamos a metalinguagem, a alusão que ele faz à produção de um filme. Interessante, porque a lembrança aqui da mesma maneira como Freud a percebe, não é a mesma coisa que a memória. O sujeito, quando está lembrando, já está em outro lugar, outro espaço, nesse sentido, o ato de lembrar sua vida, recordá-la, é uma elaboração secundária, e produz um sentido que o coloca além, sempre para além...
Na obra de Machado de Assis, percebemos figuras de linguagem, como a ironia, a metáfora e a metonímia. Mais prevalente e com mais ímpeto, a ironia, podemos crer assim em razão do realismo. “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos.” ( Capítulo XVII). A ironia e a metáfora.
“É minha!” dizia eu ao chegar à porta de casa.
Mas aí, como se o destino ou o acaso, ou o que quer que fosse, se lembrasse de dar algum passo aos meus arroubos possessórios, luziu-me no chão uma cousa redonda e amarela. Abaixei-me; era uma moeda de ouro, uma meia dobra.
“É minha! repeti eu a rir-me, e meti-a no bolso.” (Capítulo LI). Nesse capítulo observamos a moeda como metáfora. Além de retratar o que significavam as relações na corte. Relações de superficialidade, de status, aparência. Outra metáfora, anterior a essa, quando Cubas conhece Eugênia. Linda flor, mas “coxa”. Por que “coxa”, se bela?!
As metonímias na obra Machadiana, aparecem de forma bem clara na adaptação para o cinema, o filme coloca a figura de Virgília, brava com Cubas, com os braços cruzados, e batendo os pés no chão, nada mais claro do que esse gesto. Quando Cubas se separa definitivamente de Virgília, encontramos os dois no salão da Corte, e falam do desespero e da saudade, como se estivessem falando de coisas banais. Se despedem e Cubas ao chegar em casa, faz um escalda-pés, demonstrando assim a “sensação de alívio” com a separação...
“Viver não é a mesma coisa que morrer, assim o afirmam todos os joalheiros, que seria do amor senão fossem os vossos dixes e fiados? Um terço ou um quinto do universal comércio dos corações.” (Capítulo XVI). Consideremos nesta frase qual o lugar para o amor na vida de Cubas.
Em Benjamim, percebemos a presença da ironia, mas não com tanto impacto como em Machado de Assis. Talvez o lirismo do personagem Benjamim, e sua história de amor com Castana Beatriz e Ariela Masé, tornam menos grave a realidade, e consequentemente o impacto da ironia. Com maior peso na obra de Chico Buarque, é a sinestesia. A sinestesia que, para nós é de relevante uso não no romance, mas na criação do poema, o que caracteriza também o autor, Chico Buarque de Holanda em suas letras de músicas.
“(...) E quando ela acaba de passar, o sorriso não é mais dela, é de outra mulher que Benjamim fica aflito para recordar, como uma palavra que temos na ponta da língua e nos escapa. Ou como um nome que de pronto brilha na memória, mas não podemos ler porque as letras se mexem. Ou como um rosto que se projeta nítido na tela, e dissolve-se a tela. Benjamim precisaria rever a moça, pedir para ela repetir o sorriso e lhe reconstituir a lembrança.” (Benjamim, Capítulo 1).
Observamos na obra de Chico Buarque, a fluência do poema, do lírico. Chico Buarque está caracterizado nesta obra através do personagem Benjamim. No filme, observamos cenas do restaurante onde costuma frequentar, os quadros de atores e atrizes da cultura nacional. Observamos fatos que marcaram sua vida como a ditadura militar, o exílio, etc. No livro, quando Ariela Masé viaja a França, e se envolve com um professor subversivo. No filme, as música de Edith Piaf e Astor Piazzola, dão mais expressão ao enredo do livro.
No livro, um episódio singular que faz uma ponte com a música de Chico Buarque, “Cálice”, um dos ícones desta fase da ditadura militar. O personagem Alyandro, descobre que sua mãe é prostituta. “(...) Até que viu o primo do lado de fora, sorrindo, chamando-o com o dedo indicador, vibrando o indicador como se fizesse cócegas na noite. A contragosto, Ali saiu da padaria e foi conduzido pelo primo até uma rua escura, transversal. “Olha as putas”, disse o primo numa gargalhada. Ali gargalhou também, para imitar o primo, olhando aquelas mulheres que fumavam, cada qual dona de um poste. Gargalhou até ver sua mãe, apoiada no terceiro poste da calçada esquerda, de piteira.” (Capítulo 3). Em “Cálice” a letra diz: “...melhor seria ser filho da outra.”
Um exemplo muito bem humorado na obra de Machado de Assis, é o jogo de palavras e de números. Brás Cubas estava prestes a perder Virgília em razão da nomeação do Lobo Neves. Aconteceu então que o Decreto da nomeação saíra na data de 13, uma recordação triste na vida de Lobo Neves, o que fez com que desistisse do cargo referido. “Referiu-lhe que o decreto trazia a data de 13, e que esse número significava para ele uma recordação fúnebre. O pai morreu num dia 13, treze dias depois de um jantar em que havia treze pessoas. A casa em que morrera a mãe tinha o nº 13. Et coetera. Era um algarismo fatídico. Não podia alegar semelhante cousa ao ministro; dir-lhe-ia que tinha razões particulares para não aceitar.” (Capítulo LXXXIII). E, mais adiante, quando foi nomeado Presidente da Província. “Uma semana depois, Lobo Neves foi nomeado presidente de província. Agarrei-me à esperança da recusa, se o decreto viesse outra vez datado de 13; trouxe, porém, a data de 31, e esta simples transposição de algarismos eliminou deles a substância diabólica. Que profundas que são as molas da vida!” (Capítulo CX). E assim, o casal se separou...
O personagem Brás Cubas, ao final de sua vida, não tendo filhos e nem família, dedica-se à criação do “emplasto Brás Cubas”, para o alívio da Melancolia. Observamos aí, como Machado de Assis caracteriza o personagem, alheio a uma função ou cargo, vazio de ideais, e sem filhos. A função paterna é correlata de tudo aquilo que possamos observar na ordem social e cultural. Uma função simbólica que coloca todos os demais significantes a sua mercê. O personagem Brás Cubas tenta restaurar essa função que, por alguma razão, é falta ou deficiente, inicia uma teoria, de certa forma delirante, assim como muitos de seus personagens, Quincas Borba, e outros referentes a outras obras. O legado e a herança, são tratados com ironia, em razão da hipocrisia social, mas são elaborações que fazem parte do trabalho de Machado de Assis, como um questionamento e, ou, uma deriva pulsional no que tange a sua própria pessoa.
Também assim, na obra Benjamim, o personagem envelhece, e se pergunta sobre sua vida através de sua relação com Castana Beatriz, e posteriormente, Ariela. Com a personagem Ariela, Benjamim tenta essa mesmo trabalho de restaurar um significante, dar um sentido a sua vida. E, no último momento, o próprio Benjamim cristaliza a importância desse significado: “Na dianteira, um caminhão de lixo larga lufadas de fumaça, que Benjamim não se incomoda de aspirar fundo e declarar: “Este é um dos melhores acontecimentos da minha vida”.” E, nas últimas linhas do livro: “Tudo se extinguiria com a velocidade de uma bala entre a epiderme e o primeiro alvo (aorta, coração, traqueia, bulbo), e naquele instante Benjamim assistiu ao que já esperava.” (Último capítulo).
O que diferencia nesse aspecto a obra de Machado e a de Chico Buarque, é os personagens e sua relação com a culpa. Na obra de Machado, Brás Cubas não sente nenhum arrependimento ou culpa. Na obra de Chico Buarque, Benjamim vive essa sensação de arrependimento e culpa, em relação a morte de Castana Beatriz.
“Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas cousas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: - Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.” (Último capítulo, Memórias Póstumas de Brás Cubas).
“Não faz mal”. Empolgado, ele disse outro dia que se considerava um sujeito sem graça, que vivia trancado no quarto, que só ia ao cinema para rever filmes antigos, e mais, disse que não se lembrava da última vez que beijara uma mulher, sem contar as putas. Ariela repetia “não faz mal”, “não faz mal”, “não faz mal”, o que suscitava em Benjamim uma arrogância de desejar rebaixar-se mais e mais. Agora mesmo, ao ouvir dela: “Esta noite eu sonhei contigo”, por pouco ele não declara com deleite: “Eu sou um desgraçado”. Mas se ainda assim ela falasse “não faz mal”, Benjamim num arroubo seria capaz de completar: “Eu matei a tua mãe”. (Capítulo 5, Benjamim).
No segundo caso, a obra de Chico Buarque, a ironia do destino permeia a vida de Benjamim, e, no filme, observamos através das imagens, essa sincronia do passado e do futuro do nosso personagem. Tudo se passa como se fosse ontem.
As adaptações, de ambas as obras, seguem os livros, são fiéis à história contada pelos autores em questão. Não se apropriam de especulações, e nem dissolvem as reflexões maiores destes autores. Cumprem o seu objetivo: caracterizar a obra no cinema. Apenas um ponto diferencial, o sentido comercial. A obra de Machado de Assis, foi apresentada no filme, mas não teve uma repercussão comercial muito elevada, e nem foi apelativa. Já a obra de Chico Buarque, foi adaptada para o cinema e teve uma repercussão maior, com alguns apelos eróticos em função da personagem de Ariela... Mas, a contento, o personagem Benjamim, por Paulo José, foi excepcionalmente bem elaborado, com toda a desenvoltura de um ator maduro e sensato.
Retomando o ponto nevrálgico desta discussão, a presença da mulher, e sua singularidade em ambas as obras. Percebemos nestes autores masculinos, a abordagem da mulher tem sua caracterização histórica, e cultural. Em seu aspecto imaginário, a figura feminina se capacita nestas funções: a mulher como mãe, e a mulher enquanto prostituta. Em ambos os casos, a mulher não é referida como sujeito ativo, mas coadjuvante de uma situação, coadjuvante de um personagem masculino, ou enquanto parceira lógica, funcional, dos significantes que a precederam, o pai, o filho, o marido, etc.
Isso não quer dizer que a mulher, A MULHER, se torna uma figura depreciada pelos autores, mas que “o feminino” é assim representado na ordem simbólica, e toda elaboração secundária, depende deste sentido a priori. O que muda singularmente, quando se trata de um romance escrito por uma mulher, como fôra estudado em nossa presente matéria, o “Divã”, e “A Hora da Estrela”.
O universo masculino em alguns momentos, talvez traga algum constrangimento para uma feminista, não é o meu caso, longe disso, mas, o constrangimento não é nada mais do que uma reação normal, uma reação pudica daquilo que o homem revela de si mesmo a partir do que recebe de informações, e do que deriva sua vida particular e social. Já à mulher, cabe a elaboração sempre melhorada e não acabada, de seus caminhos e de seus desvãos. E, principalmente, já que passamos algum tempo refletindo nestas obras uma relação de amor entre os personagens, trazer este contexto para a atualidade, para o aqui e agora, e observar o nível de maturidade que existe nesta relação entre homens e mulheres.
A obra de arte é assim especificada, uma produção de sentido, mesmo no não-sentido, ou no rechaçado, tanto maior é a incumbência de um significado, na falta de relação, um vir-a-ser. Somos humanos, espectros da nossa própria luz ou, sombra.

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