à FRONTEIRA DO ESPÍRITO - DENISE FRANÇA

Curitiba, 12 de abril de 2013.

COMENTÁRIO AO TEXTO DO DOUTOR GIKOVATE: "SEXO SEM FRONTEIRAS".



De uma ou outra forma, existem caminhos que se cruzam, semelhanças de percepções e pensamentos. E, deixei para esse momento, não poderia ser outro, o que venho percebendo na Obra do Doutor Flávio Gikovate, seu pensamento, sua leitura, sua trilha. Deixa-nos uma trilha a seguir...

Mais do que ele, eu correrei o risco de dizer que de uma forma maravilhosa e excepcional, GIKOVATE está indo de encontro ao Espírito. O sexo e o espírito não são antagônicos, são o equívoco de uma só e mesma coisa.

O risco de empregar uma palavra como essas, na ordem da "sexualidade", o espírito transita nesse âmbito?! Pode sim, cair no absurdo de dizer. Mas é exatamente isso: "o que é da ordem dsa sexualiade, em tudo que eu já vi, ouvi, experimentei, e vivencio na realidade humana, em sua plasticidade, verticalidade e ou transversalidade, com todas as transformções que vem acontecenndo ao longo dos anos, séculos, em relação à cultura, aos costumes, é isso: "o que é da ordem da sexualidade, é propriamente dito, o espírito".

O espírito que a orienta. Flávio Gikovate está certíssimo em dizer que o "homossexualismo", a "heterossexualidade", e outros "sexos", são conceitos que não cabem mais para entender o que é da ordem da sexualidade... São pre-conceitos. Fazendo aqui um contra-ponto à descoberta Freudiana da diferença entre o "instinto" (animal) e a "pulsão" (humana). O instinto dos animais, é da ordem da necessidade. E a pulsão humana tem a ver com o universo da "linguagem", ou seja, tudo o que pertende a nós, o alcançamos, recebemos através deste registro do "outro", a mãe, e posteriormente, outros afins, a cultura.

Não sou Junguiana, e este não é um apêlo a Deus, conceituando o "espírito", nesse nível. O espírito a que me refiro não está assim caracterizado como tal, conforme os arquétipos Junguianos. As memórias, são registros que pertencem ao homem, desde o seu nascimento na face da Terra.

O que determina que um sujeito se oriente sexualmente para um objeto, masculino ou feminino?! A identidade sexual de uma pessoa, é sempre uma "trilha" a ser percorrida, no mesmo sentido em que usei o termo em relação ao pensamento do Doutor Gikovate.

De que forma nos voltamos as outras pessoas, o que "INIBE" nossa ação de beijar a boca de um homem ou uma mulher, esta "COMPOSIÇÃO DO BEIJO", textualmente falando, é do registro da memória, do sentimento. A sexualidade, o impulso que nos anima para o beijo, segue em torno do futuro, não do tempo, mas de um outro "espaço", que não é análogo ao do sentimento.

Por isso, ultrapassando esta linha que cruza, história, lembrança, memória, e o tempo por vir, da sexualidade, chegamos a esse espaço.

Isso responde de maneira inequívoca essa mesma questão aberta por Flávio Gikovate, porquê não somos felizes?! Quando nos aproximamos da felicidade, compactuamos com a morte, e a separação do ser-amado...

O universo Gikovateano, do humano, entre o primeiro momento, nascimento e o último momento, a morte, não pretende discutir o extraordinário, mas o ordinário, com todos os "aparatos" e "artefatos" possíveis do "gozo", ou seja, o ser-humano em sua gestão existencial, com tudo aquilo que pode acarretar.

E, a honestidade Gikovateana é tão perene, que ele prepara e nos abre este espaço, esta estrutura: "SEXO SEM FRONTEIRAS".




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