AS PESSOAS DO BEM SÃO MAIS FELIZES? - DENISE FRANÇA

Curitiba, 14 de janeiro de 2013.

COMENTÁRIO AO VÍDEO DO DOUTOR FLÁVIO GIKOVATE: "AS PESSOAS DO BEM SÃO MAIS FELIZES?"


Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar com os internautas.  Descobri quando cheguei aqui na praia, através do meu querido professor e Diretor de Teatro, Lau Bark, que escrever em maiúsculas, caps look, significa GRITAR.... hahahahaha.....  Respondi a ele: POR ISSO QUE O MEU IBOPE NA INTERNET, ESTÁ ASSIM TÃO BAIXO!!!! 

No meu modo de entendimento, eu pensava apenas em ressaltar itens importantes..... hahahaha.

Se as pessoas do bem são mais felizes?! São.   

Estou sozinha aqui em Caiobá, prainha do Paraná. Nem por isso estou triste. Costumo ficar 10 a 15 dias aqui em baixo, uma vez por ano. Tenho essa necessidade de reabastecer minhas energias, e aceitar. Nesta minha condição de estar sozinha, me deparo com várias situações... 
Imaginem, a praia de Caiobá é frequentada por famílias.... Talvez eu seja a única pessoa aqui sem parentes. Em outros lugares, também estou sozinha... 

Isso não me causa mal-estar. Eu me aconchego neste lugar, em presença do MAR, e a toda minha vida me é dada em lembranças, em momentos, em passagens, transpasso outra vez esse mesmo limite. E constato que houve superação, entrega, lealdade, amizade, e outros sentimentos positivos...

Mas esse ano me aconteceu um fato novo. Estava aqui e minha sobrinha me enviou uma mensagem, convidando para ir a sua casa, aqui em Matinhos, ao lado de Caiobá.  
No outro dia, levantei cedo, caminhei de Caiobá até Matinhos, e encontrei o endereço dela. Passei na panificadora, e levei os pães para tomar café com meu irmão, JESSÉ. 

Fazia muito tempo que não via a todos. Em razão de um problema familiar. Porque JESSÉ é meu irmão por parte de pai, sua mãe morreu no parto, ele foi criado pelos avós maternos.... Desde então esse menino viveu uma vida praticamente na estrada, caminhoneiro, além da falta de uma família.... Mas Jessé se casou com Márcia, e teve duas sobrinhas MA-RA-VI-LHO-SAS, lindíssimas, por dentro e por fora.... Uma delas, a Sílvia, é minha afilhada....

Cheguei e logo vi o Jessé e a Márcia no jardim....  Conheci este irmão, somente aos 17 anos de idade. E INEXPLICAVELMENTE, sinto por ele um carinho, um amor, muito grandes. E firmei ali naquele momento um pacto, de amar meu irmão para SEMPRE.  

Passei o dia na casa deles, conversando, brincando, cantando.... e no outro dia, estive ali, para mais um café da manhã ao lado do meu querido irmão.

Estou contando este fato porque eu fiquei pensando: "É assim tão difícil para algumas pessoas um gesto em direção ao outro, que proporcione aconchego, paz, carinho, amizade, compromisso de solidariedade????" 

Para algumas pessoas, o orgulho vem em lugar da possibilidade de uma vida nova. Orgulho que levam até o fim, e que faz perderem em muito, grandes pessoas em suas vidas.... 

Então,  nesse pequeno e humilde gesto de ir em direção ao outro, eu reabilitei um caminho, uma direção, uma conciliação. Porque na verdade, nem eu, e nem meu irmão, Jessé, somos culpados das coisas do passado, dos problemas criados por outras pessoas, que ao longo da vida criam situações de desconforto, de angústia, de separação, etc.

Olhando minha vida, me sinto FELIZ! Porque em nenhum momento criei situações de separação, de briga entre pessoas, ou coisas do tipo. A minha presença na vida das pessoas girou em torno da amizade, e não do interesse material. Em torno da compreensão, da solidariedade, do carinho.... Por isso, não tenho motivos para me sentir infeliz, ou triste. Mesmo quando me encontro sozinha.




E descubro mais uma vez que o grande fator de separação em todas as famílias, ou em outros lugares, é uma coisa chamada DINHEIRO, status, e outras coisas afins.  Brigam por herança, separam amizades, casais, etc e tal, em razão da inveja, e uma série de coisas. 

E DESCUBRO, o DINHEIRO NÃO TEM PODER SOBRE A VIDA. 

Reafirmo isso todos os dias.... A FELICIDADE vem de outros fatores, ligados à PRESENÇA, COMPANHIA, AMIZADE, CARINHO, respeito pela realidade de vida da outra pessoa, e assim por diante. 

E essa sensação de bem-estar é bem vinda quando realmente é autêntica e verdadeira. Foi recebida pela família dele com muito carinho, o que me deixou muito feliz... Eu sinto que sou IRMÃ DO JESSÉ. E tanto eu quanto ele, nos preocupamos um com o outro, temos a preocupação de cuidar e velar desta alegria e desta presença.

ISSO É O AMOR...



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