EMPENHO - DENISE FRANÇA

EMPENHO

Curitiba, 13 de abril de 2012.

A vida pode. A vida não proíbe.

A vida não fode com a gente. Em primeira instância, o que sabem dela?! Coisas dispersas, sobre-ela, aquém-dela, além-dela, coisas dispersas e razoavelmente, esquecidas no tempo de todos.
No tempo de todos, muito pouco é adiantado a propósito dela, e ávida, não corresponde e nem repete a mesma ladainha.

A vida é mais do que isso.
A vida é preciso.
E o amor me ama.

AS ESCOLAS PROFESSAM. Os alunos tropeçam na aprendizagem da experiência alheia, não a deles.
A vida não lhes cobra, torna-se apenas imagem translúcida ou incapaz colocada, depositada ali,
na outra dobra da esquina, onde eles não estão.

APARECIDA, a vida solicita abertura, e até mesmo revolução.
Os movimentos da vida expulsam a propriedade,
e correm no vácuo
absorvendo indícios de sobreviventes.

o sózinho sujeito, assujeitado a tudo.
deitado na sombra de sua sobra,
se esconde
e revela o estranho
admirável no mundo
de outrem.

asperjido pela inveja,
soçobra,
pisa e repisa
as lajes da cereja,
explode na boca
o apelo de suas costas:

ATRASO.

PASSADO.





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