Abib Miguel questiona gastos da Assembleia Legislativa do Pananá

O ex-diretor geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Abib Miguel, deve apresentar nos próximos dias um pedido de informações sobre os atuais gastos do órgao. Ele aponta que embora o presidente da Alep, Valdir Rossoni, alegue economicidade de R$ 90 milhões, a atual administração teve gasto de R$ 13 milhões a mais que os realizados na gestão passada.
Segundo o advogado de defesa de Abib Miguel, Joe Robson Coppi, o documento sobre o pedido de esclarecimentos teria vazado na internet e ele ainda não teria protocolado na Alep. No entanto, ele confirmou os valores e informou que deve finalizar a peça em meados de abril, com mais dados e informações.
"Não foi protocolao ainda. Esse é um rascunho que estou concluindo e mais informações serão vinculadas. Estou concluindo a peça. Tenho números dos contratos e valores que terão que ser melhor explicados", comentou.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (30) pelo blog Paçoca com Cebola. Segundo o documento preliminar, foi publicado em 2011 no jornal institulado "Nova Assembleia" a economia de R$ 90 milhões. A garantia dos valores, segundo o pedido de esclarescimentos, que cita a página 3 do jornal, teria sido realizada por menos funcionários, fim dos supersalários, extinção dos fantasmas, revisão dos contratos, fim do desperdício e dos gastos supérfluos, fim dos diários secretos, gráfica desativada, transparência, repeito ao dinheiro público.
Em 2010, na gestão Nelson Justus, teria sido gasto a quantia de R$ 304.881.520,00. Porém, incluído nesse orçamento, o pagamento da parcela da URV no valor de R$ 27 milhões, totalizando então um quantitativo de 277.881.520,00.
Já a atual administração da Alep teria somado R$ 290.970 milhões em gastos, o que corresponderia, segundo a defesa de Abib Miguel, R$ 13.088.480,00 a mais que a antiga gestão.
"Como teria economizado R$ 90 milhões, se gastou a mais que a gestão anterior??? Para confirmar a economia divulgada a gestão só poderia gastar R$ 187.881.520,00. Portanto, com apenas esses dados já se pode concluir que as notícias divulgadas, a custo do POVO, são falsas e desprovidas de qualquer tipo de crédito, razão pela qual, por si só, já serviriam ao escopo da demanda popular", conforme o documento preliminar de Abib Miguel.
O ex-diretor da Alep é acusado de participar do desvio de mais de R$ 200 milhões do órgão, além de ser citado pelo Ministério Público por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

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