MESSIAS VICENTE RODRIGUES - O CAPUCHINHO - DENISE FRANÇA

MESSIAS VICENTE RODRIGUES - O CAPUCHINHO

Curitiba, 09 de março de 2012.

FAROL DO SABER:  GIBRAN KHALIL GIBRAN

FREI MESSIAS VICENTE RODRIGUES. Conversamos rapidamente.... eu e o Messias. O CAPUCHINHO, jornal que ele criou nesta Paróquia das Mercês. Meu querido amigo, por volta de 1998.
Nesta época eu trabalhava na Loja de Sofás-Cama de uma amiga: Belas Épocas Decorações. Tinha recém saído do Colégio Freudiano de Curitiba., e os meus trabalhos, desenhos, me acompanhavam em todos os lugares. Em cerca de um ano, realizei 200 pranchas de desenho, para ilustrar os Seminários do meu amigo Helvídio Velloso de Castro Netto, psicanalista.
Enfim, eu estava ali, trabalhando, quando uma senhora entrou e me perguntou se eu não poderia oferecer alguma coisa como "prenda" para a Festa da Padroeira das Mercês. Como estava com os desenhos ali, eu ofereci a ela um deles, feito a nanquim, de Charles Chaplin... Uma tela grande. Ela gostou  da idéia, e eu desse que colocaria a molduta antes e depois, lhe telefonaria para pegar o quadro.
Ouvia a campanhia de minha casa, e fui atender. Um homem perguntou pela Denise França. Noa apresentamos. Frei Messias, pároco da Igreja. Enquanto colocávamos o quadro em seu carro, convidou-me para assistir e participar da Festa.
Eu fui. A Igreja dos Capuchinhos fica ao lado de minha casa. Mas as lembranças que tinha, eram lembranças da minha infância, em companhia do meu avô, caminhando juntos para as missas de Domingo.
Eu entrei na Igreja, estava cheia de pessoas, não havia mais lugar.... Olhei para o altar e quatro freis concelebravam, Frei Messias era o celebrante.
Olhei para o altar, uma lembrança bem longíquia reanimou meu espirito, e uma alegria profunda tomou conta de mim. Começei a cantar Ave Maria, acompanhando o tenor que cantava no altar. Não tive nenhum receio de parecer ridícula....
Tenho absoluta consciência do motivo de estar ali, e a emoção que senti. Decici continuar, e participar efetivamente daquele lugar, porque eu precisava estar ali.
Não me importam outras razões, o que me move se manifesta sempre desta forma. Presença e espírito.
Este é o meu lugar.
Aos poucos, o Frei Messias se aproximou de mim, com perguntas, e conversamos muito. Os Freis Capuchinhos são os meus confessores, sabem dos meus segredos. Frei Bonifácio  recebeu o meu voto de pobreza.
A espiritualidade, a manifestação e o sentimento de Deus, a experiência de Deus não acontece da noite para o dia. É preciso querer, sentir, despojar-se, coragem e ousadia. Nem sempre é a aquilo que imaginamos.
Frei Messias e eu, nos tornamos grandes amigos. E, entre outras coisas, começei a cantar no coral desta Igreja, e em outras tambem.
Os Capuchinhos são a grande revelação da minha vida. A vida espiritual, é a mais concreta entre todas as materialidades. Conversar com Deus, assim como sentir Sua Presença, faz parte do meu cotidiano, todo o meu coração, corpo, e mente estão envolvidos nisso.
Frei Messias também me revelou fatos e experiências de sua vida. Mesmo porque, ele já me conhecia há muitos anos, observara minha pessoas ali, no bairro. A simpatia aproxima as pessoas, e existe uma conexão no espirito que nos une ainda mais. A coragem deste homem é notória. Seu Destino é correlato ao meu. Existem coisas breves e coisas distintas na nossa vida. De coisas distintas participam pessoas especiais. E o Encontro entre duas pessoas, o verdadeiro encontro se dá desta forma: para movimentar muitas outras pessoas ao redor, para fortalecer e reviver algo estagnado.
Deste ano de 1998, até hoje, como disse Frei Messias: "Essa Igreja nunca mais será a mesma....". E eu assino embaixo.
Sou profundamente agradecida a ele e apaixonada pelos FREIS CAPUCHINHOS, onde mora meu coração. Essa é a minha MELHOR HISTÓRIA.

Assinado: Denise França

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