IMPROVISO DE SÁBADO À NOITE - Denise França

Sábado, 6 de agosto de 2011 às 20:33

O sábado já é passado. A noite está quente. Todas as horas de hoje são mais fortes do que as de ontem, porque é passado. Imediatamente, a lua está acima de mim, e eu me abrigando neste ponto, sonho que fui, só o meu desejo alcanço.

Escuto o teu direito, vejo quase a mesma metade, olho meus olhos no espelho, não sei tirar vc de mim. E sábado é passado.

Quem? Aonde?

Escuto o teu avesso, irritado, absurdo mover o que é. E as horas de ontem caem perfeitamente nas mesmas horas de hoje, mas hoje tem outro nome.

Aceitei tanto me comover com esta inspiração nascida da falta, da tua falta. Não obstante, olhando todos os demais, aonde está o teu sorriso?

Não me afundo, mas quanta tristeza tem nascido em mim ultimamente, disso que não sei nomear, sequer encontrei um significado. Ao longo das horas, quero tanto, tanto, tanto definir, e já foi, o sábado não é mais o mesmo.

Talvez venha o domingo, e com ele, alguma coisa perdida deste dia...

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