IMPROVISO 2 - Denise França

IMPROVISO 2

Habitas minha alma, todos os dias.

Se eu pudesse saber com que nome te chamar. Mas não posso, porque é bem maior o sentido e bem maior o espaço que me tomas.

E me tomas, como se a sua mão de repente tocasse o meu ombro, e vc me puxasse para junto do seu corpo, e causasse toda essa paixão, inesperadamente.

Acordo e acordo, ao lado das manhãs, minha alma já não é mais o meu começo, e nem o meu fim, tem intervalos da tua voz, teu sorriso, meu nome em tua boca. Caio na real, me levanto, não adianta. Me vem uma profunda irritação, não quero vc dentro de mim. Você permanece no entanto.

Lado, do outro lado, asas de anjo, olhos secretos, segredo.Fito os teus olhos, fico em silêncio. Sinto o teu abraço.

Todas as sensações, tuas, descrevem o que sinto. Quase chego a ser um sinônimo de mim mesma.

Alma minha. O significado mais próximo da tua presença, alma minha.

Não dá para deixar de te amar. Inexplicavelmente.

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