NELSON ROGRIGUES COM FREUD: O PÁTRIO FEMININO BRASILEIRO

Danielly Sampaio
Denise França
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
História do Teatro Brasileiro

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Resumo

Este artigo busca interpretar e identificar o universo feminino abordado pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, buscando assim, entender não só o contexto em que o feminino é usado, mas também a forma em que ele representa os valores e as tradições familiares, vinculados com os desejos e paixões intrínsecas nas personagens. O texto se desenvolve com uma análise minuciosa da peça, baseando-se nos estudos de Sigmund Freud e aplicando seus conceitos, os quais, nos permite entender os signos da linguagem rodrigueana, encontrando suporte nas considerações de Jacques Lacan e de Jean-Paul Sartre sobre o tema. Com isso, propõe-se com esse artigo a elaboração de argumentos conclusivos, com comparações de leituras complementares para melhor explicitar a genialidade de Nelson Rodrigues, construindo-se assim, fundamentos que defendem o quão impactante, singular, inovador e atemporal ele foi para o teatro brasileiro.

Palavras-chave: Nelson Rodrigues. Freud. Feminino. Doroteia.


Questo articolo cerca di interpretare e identificare l'universo femminile coperto dal drammaturgo Nelson Rodrigues, cercando così di capire non solo il contesto in cui viene usato il femminile, ma anche il modo in cui rappresenta i valori e le tradizioni familiari legate con i desideri e passioni intrinseche nei personaggi. Il testo è stato sviluppato con un'analisi approfondita del gioco, sulla base di studi di Sigmund Freud e applicando i suoi concetti, che ci permette di comprendere i segni del linguaggio rodrigueana, trovando sostegno in considerazioni di Jacques Lacan e Jean-Paul Sartre su il tema. Pertanto, si propone di questo articolo lo sviluppo di argomenti conclusivi, con i confronti di un'ulteriore lettura per spiegare meglio il genio di Nelson Rodrigues, costruendo così le fondazioni che sostengono quanto impressionante, unico, innovativo e senza tempo è stato per la teatro brasiliano.

Parole Chiave: Femmina. Theater. Modernismo. Sessualità.

 


INTRODUÇÃO

A universalidade humana e a pessoa única nos coloca um problema: os critérios do sentido. O que nos faz diferentes de todos os outros homens nessa imensa cadeia humana, é a escuta, a fragmentação do nosso discurso e necessariamente, o que produzimos como efeito, o sintoma, o lapso, a mentira, o engano, o transtorno, a emasculação do sentido e a alienação do sujeito.


1- NELSON RODRIGUES
 
  Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife em 23 de agosto de 1912. Aos 3 anos de idade foi para o Rio de Janeiro com a família, onde seu pai, o jornalista Mário Rodrigues, funda o jornal “A Manhã”.
            Nenhuma falsa modéstia: é assim que a obra de Nelson Rodrigues acontece no cenário brasileiro, enquanto jornalista, enquanto escritor, enquanto dramaturgo.  Ele escuta, ele faz a sua leitura da realidade da sociedade do Rio de Janeiro, numa sede de jornal, relatos de casos de homicídio, crimes passionais e desde os 13 anos de idade trabalhava como repórter policial.  Seu irmão, Mario Rodrigues, é assassinado por uma mulher em frente ao Jornal “A Crítica”, em 1929, e Nelson vê tudo acontecer, fato que marcou profundamente a família Rodrigues.
            Autor de crônicas da vida cotidiana, Nelson escreveu  “Álbum de família” (1945), Senhora dos Afogados (1947), “O anjo negro” (1948), e por fim seu maior sucesso jornalístico, “A vida como ela é” (1950). Essas crônicas abordam temas que trazem repúdio a sociedade e principalmente escárnio da censura e da plateia. Álbum de Família, por exemplo, foi submetida à censura Federal, e só foi liberada para ser produzida 22 anos depois de sua criação. Nelson Rodrigues o bem diz em O anjo pornográfico, 1992:
Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino., E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico (desde menino).

            Em 1949, escreve Doroteia, peça que será o foco deste artigo. Considerada uma peça mítica, pelo  crítico literário, Sábato Magaldi. A peça estreou em 1950, no Teatro Phoenix, no Rio de Janeiro sob a direção de Z. Ziembinski, precursor do que chamamos de "noção de diretor" no teatro brasileiro. Considerada uma peça realista, Doroteia faz parte do teatro chamado "desagradável", denominação que o próprio autor aceitou, pois, levando em consideração a época conservadora em que Nelson estava, suas peças no mínimo incomodavam a sociedade, afinal, ele estava expondo para quem quisesse ver, a realidade que estava escondida, questionando os padrões de ética e moral familiares e sociais.




2- A LEITURA DE DOROTÉIA

           Antes de entrarmos no contexto desta peça, vamos abordar alguns fragmentos necessários e imperativos na obra de Sigmund Freud, conceitos por ele formulados que nos farão entender e analisar um pouco melhor os signos desta linguagem rodrigueana. Mesmo porque, Freud não era desconhecido para Nelson Rodrigues: se tratasse de um pintor, poderíamos dizer que Nelson Rodrigues pintou o cenário carioca com as cores da paleta de Sigmund Freud.
            A modernidade de Nelson Rodrigues está nesta leitura inaugural desta realidade sociocultural, a sociedade carioca. Num segundo momento, descobre-se na obra de Nelson Rodrigues uma sintaxe própria, assim como o estilo ao apropriar-se desta brasilidade inesgotável em tudo o que escrevia.
            O feminino rodrigueano é decantado desta realidade e transfigurado. De modo que a mulher em Nelson Rodrigues, é uma mulher transformada pelo desejo que a causa. E nisto, também a coincidência com a leitura de Freud.  O corpo feminino passa a outro nível de leitura, o desejo do analista. Assim também, o corpo feminino na escrita de Nelson Rodrigues passa a apresentar o corpo do feminino. Por isso, essa complexidade, esse ciclo mítico onde encontramos DOROTÉIA.
            Ademais, a primeira obra de Nelson, Vestido de Noiva, sob a direção de Ziembinski, nos mostra a antecipação do sentido, deste novo sentido e colocação a posteriori, o que viria a se dar, o desejo da mulher. E essa colocação é sui generis, pois as cenas são atemporais, são simultâneas, abrangendo três campos específicos, o imaginário, o simbólico e o real. Assim também, impressiona sua contemporaneidade, pois esses são os três espaços onde Lacan faz sua releitura de Freud.
            A privação, a frustração, a castração, são estas três categorias da relação do sujeito com o objeto em seus níveis de complexidade: privação (real), frustração (imaginário), castração (simbólico). Os três termos de referência da falta do objeto. Esse deslocamento freqüente na obra de Nelson Rodrigues, da mulher que deseja, da prostituta, da mãe, da irmã, da cunhada, enfim, postulam esse deslocamento do olhar sobre a mulher, dessa leitura que faz a causa do desejo que a constrói como feminino, enquanto corpo do feminino. Serge André faz um comentário a esse respeito em O que quer uma mulher?, 1986, p.23:
Uma quarta grande temática se destaca no trajeto que Freud efetua em torno da questão da feminilidade: se não há sexo feminino enunciável como tal, a feminilidade não pode ser concebida como um ser que seria dado desde  o início, mas como um se tornar – e um se tornar que, paradoxalmente, se inaugura para a menina a partir de seu complexo de masculinidade.
            Nesse sentido, é preciso que ela o diga, para ser. É preciso um interlocutor. Em Doroteia, no inicio da obra observamos sua chegada na casa das primas, D. Flávia, Carmelita e Maura. Doroteia vestida de vermelho. Nelson Rodrigues escreve:
         (CASA DAS TRÊS VIÚVAS – D. FLÁVIA, CARMELITA E MAURA. TODAS DE LUTO, NUM VESTIDO LONGO E CASTÍSSIMO, QUE ESCONDE QUALQUER CURVA FEMININA, DE ROSTO ERGUIDO, HIERÁTICAS, CONSERVAM-SE EM OBSTINADA VIGÍLIA, ATRAVÉS DOS ANOS, CADA UMA DAS TRÊS JAMAIS DORMIU, PARA JAMAIS SONHAR, SABEM QUE, NO SONHO, ROMPEM VOLÚPIAS SECRETAS E ABOMINÁVEIS. AO FUNDO, TAMBÉM DE PÉ, A ADOLESCENTE MARIA DAS DORES, A QUEM CHAMA, POR COSTUME, DE ABREVIAÇÃO, DAS DORES, D. FLÁVIA, CARMELITA E MAURA SÃO PRIMAS, BATEM NA PORTA. SOBRESSALTO DAS VIÚVAS. D. FLÁVIA VAI ATENDER; AS TRÊS MULHERES E DAS DORES USAM MÁSCARAS.).
                        As primas perguntam a Dorotéia, “- Teve a náusea?!”. Ao que Dorotéia fica em silêncio, só respondendo depois. Imperativo categórico, neste início. E essa referência à Náusea, nos faz remeter também à obra de Sartre, A Náusea. A náusea que é esta marca de herança, onde esta questão do desejo da mulher está efetivamente encerrada. A privação, o furo, a falta neste significante feminino. Mais adiante, as botinas, fetiche, significante que encerra o masculino. O existencialismo sartreano, coloca a náusea como a sensação do corpo frente ao descobrimento do ser no mundo: o design.
            Esse furo, esse vazio, questões limites do homem, o sexo e a morte.
            Nelson Rodrigues intitula Dorotéia como uma farsa. Assim diz Apud Carlson, 1997, p.48.
A FARSA é uma terceira coisa nova/ Entre a tragédia e a comédia/ De ambas,Usufrui a liberdade./ Mas as restrições lhes evita./ Acolhe príncipes e dignitários./ Ao contrário da comédia; e recebe/ Como os hospitais e as tabernas,/ A massa vil dos plebeus,/ O que a senhora tragédia jamais fez,/ Não se restringe  a alguns temas – a todos aceita:/Leves e pesados, sagrados e profanos,/ Rústicos e urbanos, alegres e tristes./Não se importa com os lugares:/Passa-se na Igreja, na praça, seja onde for,/Quanto ao tempo, se não ocorrer num só dia,/Ocorrerá em dois ou três.
           
            A ironia sendo decantada a cada momento, na medida em que a peça vai se desenvolvendo.
           As três viúvas, D. Flávia, Carmelita e Maura, demonstram tanto com seus diálogos, quanto com o lugar em que eles acontecem, o seu horror ao sexo, suas cenas só acontecem na sala, para que não aja intimidade com as pessoas, suas faltas de visão, que não as permitem enxergar os homens, é a segurança delas que não vai haver desejo, o fato de que as botinas, que representam o noivo de Das Dores, gerar o caos na casa, nos mostra essa aversão a sexualidade e a própria natureza humana: "Porque é no quarto que a carne e a alma se perdem!... Esta casa só tem salas e nenhum quarto, nenhum leito. Só nos deitamos no chão frio do assoalho..." (D. Flávia, Dorotéia, I, 206).
           Como que para evitar o desejo e a sexualidade, as viúvas usam  como lema o tornar-se feia, nenhum um pouco atraente, sem ser desejável aos olhos dos outros e nem poder desejar, usam máscaras que representam as chagas e a feiúra, além de roupas pretas e castas. Por isso, quando vêem Dorotéia, suas primeiras reações são de rechaço, afinal é ela uma mulher bonita, isso conseqüentemente atraia o desejo masculino para ela.
          Elas reprimem tanto aquilo que na verdade sentem, que se espantam quando Dorotéia começa a falar a verdade, expondo o fato de que ela não teve a náusea, que conseguia ver os homens, que era prostituta e que era perseguida pelo jarro, que representa o desejo.

3. O NOME-DO-PAI: A REFERÊNCIA PATERNA

            Dorotéia, ao perder o filho, fez juramento de se tornar uma mulher de bom conceito social. Conserva o filho morto dentro de seu quarto, até a putrefação. Essa face da morte que percorre a escrita de Nelson Rodrigues lembra o “destino”, as três irmãs e as três parcas confeccionando a sorte humana. A mulher neste contexto é a natureza velada. Quando, através do sexo, tenta-se descobrir essa máscara e revelar, é a morte que se apresenta, horrenda, como a alertar sobre um “limite”, a interdição dada pela metáfora paterna.
            Quando tocamos nesta face da mulher, no sentido da compreensão do seu desejo, outra coisa vem em seu lugar. O corpo do feminino, o indizível  do seu sexo, inventa, produz uma demanda de sentido que está , para a escuta, para a leitura. Não pode ser dar ou se fazer sem esse movimento. Neste indizível, uma palavra vem inventar, filtrar, produzir, instalar um sentido ou significado onde também encontramos o lugar da arte.
            Por isso, falamos no início deste artigo em universalidade e unidade. Porque a mulher não pode ser dita, não faz parte de um conjunto universal. A cultura do desejo de morte tenta, inevitavelmente criar subsídios na esfera do artifício e não da arte, para fazer sua representatividade, mas é inútil, ainda falta. Há falta a ser do lado da mulher, reivindicando, demandando uma leitura. A sintomatologia dos quadros femininos, desde a histeria, anorexia, bulimia, síndrome do pânico, depressão pós-parto, circunscrevendo esse buraco, do inominável na mulher.
            Falamos em universalidade, unidade, em categorias do sentido. Para agora, neste “resto”, produto do corpo do feminino, transportado pela pulsão de morte, encontrar o “ato”. A morte, é isso que ela vem representar no corpo do feminino: limite que faz do pensamento, erupção da ação: assim em Dorotéia, a morte do filho.
            Lembrando a diferença entre pensamento latente e pensamento manifesto, Freud o coloca bem-dito na Interpretação dos Sonhos, quando fala do trabalho da censura, da força superegóica, os mecanismos da repressão, força que imanta para si este lugar, e o tempo, devolvendo sua produção.
            As botinas, metáfora que Nelson usa para representar o masculino, fetiche, é esse falo, a causa do desejo. Não é o órgão masculino, mas o movimento do desejo do outro, a falta que acalanta o desejo. Os homens usam fetiches, as mulheres não.
Todo fetiche se produz neste caminho da pulsão escópica sobre o sujeito infante. Este ver não-ver. Isto que foi visto anteriormente, que antecipa o que não poderia ter sido visto na mulher. É assim que se apresenta o fetiche: um dar a ver, no adiantamento desta negação do sexo. Observemos o desenvolvimento que Jacques Lacan faz a esse propósito em O seminário, livro 4, p. 41:

Do mesmo modo, vocês puderam observar que o número de fetiches sexuais era bastante reduzido. Por quê? Além dos sapatos, que desempenham aí um papel tão importante que podemos perguntar como é que não se presta mais atenção a eles, encontram-se apenas as ligas, as meias, os sutiãs e outros – todos muito chegados a pele. O principal é o sapato. Como se podia     ser fetichista nos tempos de Catulo? Aí, também é um resíduo.

            E rechaço de todo elemento masculino que o torna representável: uma fissura lógica necessária. Assim também o produto artístico, o produto não é só objeto, é revestido de uma aura para quem o cria. O objeto torna-se coisa, recuperando um enunciado de Freud: “Elevar o objeto à dignidade de Coisa”. No Seminário de Jacques Lacan, livro 4, p. 40, ele fala:

Se ontem à noite falou-se em objeto, foi para tentar definir os estádios do desenvolvimento, e com efeito a noção de objeto é importante nesse aspecto. Mesmo assim, não apenas a imagem do corpo não é um objeto, como nem mesmo poderia se tornar um objeto. Esta observação, muito simples, que não foi feita por ninguém a não ser de maneira indireta, vai lhes permitir situar exatamente o estatuto da imagem do corpo com referência a outras formações imaginárias.

            Negação, rechaço, foraclusão: três formas lógicas no âmbito do imaginário, real e simbólico, falta do significante paterno que implica o sujeito dentro da sexualidade, no universal. Por isso, acepção da palavra, é sempre sublimação do ato que o encarna. Segundo Jacques Lacan, Seminário: livro 4, p. 47:

Este esquema comporta que o que é significante de alguma coisa pode se tornar a qualquer momento significante de outra coisa, e que tudo o que se apresenta na vontade, a tendência, a libido do sujeito é sempre marcado pelo vestígio de um significante – o que não exclui que talvez haja outra coisa na pulsão ou na vontade, algo que não é de modo algum marcado pela impressão do significante. O significante é introduzido no movimento natural, no desejo, ou no demand, termo a que recorre a língua inglesa como a uma expressão primitiva do apetite, qualificando-o de exigência embora o apetite enquanto tal não seja marcado pelas leis próprias do significante. Assim, pode-se dizer que a vontade vira significado.

            O mistério que envolve essa mística de Dorotéia tem várias implicações. Mas principalmente, nestes fragmentos de vida, desde a prostituição até o encontro com as irmãs, após a morte do filho, o inusitado retorno, o núcleo familiar, a estrutura primária, o simulacro cultural... Algo ali, em Nelson Rodrigues, quer dizer exatamente isso: não faço parte, estou voltando, e é isso o que me representa como farsante, mas sou outra coisa. Indubitavelmente, sei de tudo, de todas as provas, culpas, pecados....

            E chegamos então à conclusão, necessária e independente, a estrutura sempre sofre uma ruptura, seja ela qual for, no que diz respeito à arte, no que diz respeito a essa transfiguração artística.
            A mulher, o que ela encarna não é aquilo que o real do seu corpo nos diz, mas é a imantação do significado, a produção de um sentido novo.
 Rodrigues não é só um dramaturgo moderno, ele é espetacular em sua teoria feminina, abriga a mulher brasileira dentro do modernismo, constrói um corpo do feminino dentro da cultura popular brasileira, dentro da sociedade carioca. Envolve esse corpo do feminino nas mazelas da realidade. Joga com o sonho, a fantasia, sexo, desejo, gesticula para esse homem moderno, faz sinal desta fronteira inominável que é a morte, conduz esta mulher, deslocando este limite mais para a frente, formando uma nova linguagem.
Melhor dizendo, cavalga na palheta de Freud, sabe o que está construindo quando escreve Dorotéia. Nelson Rodrigues faz essa transposição do feminino, navegando na mulher que o ventre brasileiro preside, estampa a cor desta feminilidade e seu gozo azul, amarelo, verde.... A linguagem nasce, a tragédia pressupõe, a cultura restitui, a natividade destas ondas, deste mar, do ímpeto selvagem e inoculador do sentido, só nasce de seu protesto vivo e inovador contra o preconceito e toda série de repressões que ao longo de sua vida, é testemunha.
Isso é a obra de Nelson Rodrigues: testemunho, versículo prévio de toda uma apoteose brasileira, contemporaneidade, imortalidade.


 Referências
ANDRÉ, Serge. O que quer uma mulher? 3ª Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 1987.

COTTET, Serge. Freud e o Desejo do Psicanalista. 2ª Ed.  Rio de Janeiro:  Jorge Zahar Editor Ltda., 1993.
FREUD, Sigmund. A interpretação dos Sonhos. 2ª Ed. São Paulo: Círculo do Livro S.A. 1990.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 1985.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 4: a relação de objeto. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., 1995.
OFICINA DE TEATRO. Dorotéia. Disponível em: www.oficinadeteatro.com.br. Acesso em: 09 de abril de 2015.

VELLOSO, Helvídio de Castro. 1ª Ed. AS PULSÕES: palavras ditas e não escutadas. Curitiba: Livraria do Eleoterio,1999.

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