ROSAS DE PLÁSTICO - DENISE FRANÇA
CURITIBA, 20 DE AGOSTO DE 2013.
ROSA DE PLÁSTICO, me veio subitamente esta metáfora para esta gente sem expressão, sem ousadia, sem chão: os poderosos. PODEROSOS!
O vaso empoeirado, a casa vazia, as rosas de plástico depositadas ali dentro, sem saber, inexpressivas, solitárias, abundantes em sua falta revelada.
Há uma falta, maior do que todas as faltas, aquela que se revela em seu conteúdo, sem presença de sentido. Justificadamente uma aparência, pois foi colocada ali, a rosa de plástico. Abruptamente num momento isolado da vida, com certidão de uma verdade longínqua que desabou sobre os anos.
Colocada ali, a rosa de plástico, inerte e silenciosa, revela a dolorida queda, em sua impossibilidade o desfecho de uma morta.
Ostentação poderosa, nesta rosa insaciável de toda vaidade, se derrama a cal do sofrimento, e o orgulho da solidão. Sem freios, com a forma primeira e a substância última também quer se comparar à própria morte. Inutilmente.
Inutilmente sem plasticidade. Morta sem morrer.
Sua sede é a secura, o destaque do último grito, permanente e sem ruído algum, o friso da boca aberta para nada. Bobagem, menos que a bobagem, dose única.
ROSA DE PLÁSTICO, me veio subitamente esta metáfora para esta gente sem expressão, sem ousadia, sem chão: os poderosos. PODEROSOS!
O vaso empoeirado, a casa vazia, as rosas de plástico depositadas ali dentro, sem saber, inexpressivas, solitárias, abundantes em sua falta revelada.
Há uma falta, maior do que todas as faltas, aquela que se revela em seu conteúdo, sem presença de sentido. Justificadamente uma aparência, pois foi colocada ali, a rosa de plástico. Abruptamente num momento isolado da vida, com certidão de uma verdade longínqua que desabou sobre os anos.
Colocada ali, a rosa de plástico, inerte e silenciosa, revela a dolorida queda, em sua impossibilidade o desfecho de uma morta.
Ostentação poderosa, nesta rosa insaciável de toda vaidade, se derrama a cal do sofrimento, e o orgulho da solidão. Sem freios, com a forma primeira e a substância última também quer se comparar à própria morte. Inutilmente.
Inutilmente sem plasticidade. Morta sem morrer.
Sua sede é a secura, o destaque do último grito, permanente e sem ruído algum, o friso da boca aberta para nada. Bobagem, menos que a bobagem, dose única.
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